sexta-feira, 21 de março de 2008

Angelina Jolie é capa da revista brasileira Gloss

"Brad é o primeiro homem que me entende" De Bad Girl à musa de trabalhos humanitários. De polígama à esposa apaixonada. Angelina Jolie diz que "encontrou uma missão". E, de quebra, "o parceiro de sua vida". Por Harold Von Kursk, de Nova Iorque.
Angelina Jolie tem uma extraordinária jornada como celebridade. Já foi aquela bad girl que anunciou que praticava sexo com homens e mulheres, pendurou em seu pescoço um frasco com sangue do pimeiro marido, exibiu em público seus problemas com o pai, viajou pelo mundo pilotando aviões. Mas ela mudou. Agora, tem quatro filhos e espera mais um, o segundo biológico, com Brad Pitt.
Conseguiu ser respeitada por seu trabalho junto à ONU em regiões pobres do mundo. E vive um dos grandes romances da hitória de Hollywood. Deve ser pauleira conviver com tudo isso...Em um dia frio de Nova Iorque, Angelina recebeu o correspondendte de GLOSS para falar sober essa vida. Às vezes pensativa, às vezes dando risada, não fugiu de nenhuma pergunta.

E, como sempre, deixou uma dúvida no ar: como pode, meu Deus, uma mulher ser tão bonita assim?
Sua relação com Brad Pitt parece ter crescido muito, apesar da pressão de ter que cuidar de filhos, da carreira, do circo da mídia.
Precisei de um tempo para perceber o quanto Brad é capas de ser tão relaxado e aberto que faz com que eu me sinta do mesmo jeito com ele...Às vezes a gente esconde coisas, mesmo de quem a agente ama. Mas com ele sinto que posso ser eu mesma sem me preocupar. Brad é o primeiro homem que me entende, que me faz sentir que nós somos uma parceria. É uma coisa muito bacana. Eu estava preparada - e até memo resignada - para criar os garotos sem um pai. Quando me envolvi com Brad, não contava com isso. Até porque nunca dá pra saber o quanto um homem vai ser um bom pai até vê-lo, de fato, nesse papel. Brad é tão bom com as crianças - eles se ligaram de um jeito tão bonito que quase me faz chorar. E eu geralmente não choro.
O amor é a única coisa que mantêm as pessoas ligadas? Ou o negócio é muito mais complexo?
Quando você está com alguém, está junto em muitos níveis. Honestidade e confiança são o que funciona pra mim. Não quero passar a vida fingindo ser outra pessoa. Aliás, acho que essa é a úica maneira de ser realmente feliz. Brad e eu temos isso juntos.
Você não tem medo de que o estresse de uma grande família coloque em risco a sua relação com o Brad?
Claro, você sempre fica se perguntando como ter uma porção de filhos num espaço tão curto sem afetar a vida do casal. A gente tem menos tempo juntos. Mas nós dois nos colocamos à altura de nosso papel de pais. O que aliviou bastante a minha ansiedade... Quando nos juntamos, Brad sabia que eu queria mais crianças. O que me surpreendeu foi a naturalidade com que ele recebeu a responsabilidade de ser pai. Ele simplismente adora ficar envolvido com as crianças. Toda vez que ele ensina alguma coisa a Mad ou Pax, vê que eles estão rindo ou gritando de alegria, fica com os olhos brilhando. Eu poderia passar horas observando isso. Mas é que geralmente também estou ocupada mundando roupas! (risos).
Como é ser seguida o tempo todo pela mídia?
Olha, só é realmente estressante se você deixar esse circo te envolver. E a gente não deixa. Temos uma vida boa, estamos fazendo juntos coisas nas quais nós dois acreditamos. Isso é o mais importante.
Tem tanta coisa acontecendo em sua vida... Como você consegue?
Durante muitos anos, eu me senti miserável e deprimida porque não sabia o que queria fazer da minha vida, achava que ela não tinha nenhum propósito. Agora tenho tanta coisa para cuidar que nem sobra tempo para me preocupar comigo, num sentido egoísta... Descobri que posso trabalhar muito mais duro do que jamais imaginei (risos). Eu precisava achar uma missão - e encontrei isso agora, em níveis diferentes. Com o Brad, com nossos filhos, com a ONU. Quase sinto que estava destinada a esse tipo de vida.
Você viaja para regiões muito pobres do mundo. Que impressões ficam depois de encontrar essas pessoas?
Aprendi a apreciar a extraordinária beleza das pessoas que encontro. Em especial no caso das muito pobres que conseguem não ter inveja das que são mais afortunadas. Quem chega perto dessa situação sai com a sensação de que muitas de nossas queixas do dia-a-dia são absurdas, auto-indulgentes. Isso me deixou muito mais forte. Agora, simplismente me recuso a me deixar entregar a momentos em que não estou me sentindo bem ou estou sem energia. Eu exijo mais de mim. Aprendi que nem sempre a gente sabe o tanto que pode realizar. Acho que evoluí muito como ser humano desde que comecei a trabalhar com a ONU. Hoje fico grata por fazer algum tipo de diferença, mas não e a minha satisfação que conta. O que importa é ajudr outras pessoas.
O sofrimento que você vê te deixa abalada?
É um leque de emoções bem amplo. Os primeiros anos foram bem mais difíceis. Às vezes reagi chorando, me sentindo desesperançada. Depois fiquei revoltada, quis saber como os governos prermietem certas coisas. Aí tive uma curva de crescimento em que finalmente me senti começando a entender as forças diferenbtes por trás de certas situações. Depois que voc?çe sabe porque uma região está virtualmente abandonada, tenta imaginar o que pode fazer. E às vezes percebe que em certas áreas simplismente não pode fazer nada... Aí precisa concentrar seu tempo em lugares onde pode fazer muita coisa boa. Agora sinto que tenho maior domínio da política e da mecânica do trabalho humanitário. Estou aprendendo o máximo, o mais rapidamente que posso. Estou tentando levar uma vida significativa.
O que você responde às pessoas que criticam celebridades que vão a lugares como o Camboja ou à África e levam a mídia?
Passei seis anos visitando campos de refugiados, orfanatos e outros lugares com a ONU, e muitas vezes a mídia não estava lá. Mas assumo o risco de andar na corda bamba. Tento equlibrar as necessidades dos agentes que fazem o trabalho de verdade e o interesse geral de conseguir apoio público. Mas acho que o público já sabe que sou comprometida.
Mesmo assim, nunca diz que precisa de um descanso?
Estou tentanto arranjar uma rotina mais tranquila com Brad e as crianças, um período em que nós não estejamos voando de um lado para o outro. Mas uma grande coisa que descobrimos é que realmente não nos importamos de biajar tanto. As crianças se divertem com essa agitação. Às vezes Mad me pergunta para onde a gente vai na próxima semana. Adoro isso!
Você nunca quis simplismente parar em um lugar por algum tempo?
Nunca fui de fazer isso! (risos). Eu preciso me sentir envolvida, preciso ter um sentido de missão para estar feliz, realizada. Agora que eu tive a chance de levar esse tempo de vida, sei que é desse jeito que eu sempre quis estar.

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